Google Science Fair 2015

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MOSTRATEC 2014 NOVO HAMBURGO-RS

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SBPC 2015 em SÃO CARLOS-SP

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MILSET BRASIL 2015/FORTALEZA-CE

Professores, pesquisadores e estudantes interessados em apresentar trabalhos científicos no formato pôrster......

Loja virtual completa e barata

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Jovem inventor paraense participará do programa Caldeirão do Hulk


O jovem paraense Edivan Alves, natural de Moju, viajou nesta quarta-feira, 23, às 9h, do Aeroporto Internacional de Belém rumo ao Rio de Janeiro, para participar da gravação da 4ª edição do quadro “Jovens Inventores” do programa Caldeirão do Hulk, da Rede Globo. O estudante apresentará em rede nacional o filtro de água desenvolvido a partir do carvão ativado obtido na queima do caroço de açaí. A invenção foi desenvolvida em 2013, no Clube de Ciências da Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, em Moju, e rendeu ao estudante o primeiro lugar da 17ª edição do Prêmio Jovem Cientista na modalidade Ensino Médio, prêmio que foi entregue pela presidente Dilma Roussef no mesmo ano.
A produção do Caldeirão do Hulk visitou, em junho, os municípios de Moju e Abaetetuba para gravar algumas cenas na casa da família de Edivan e no Clube de Ciências, com o intuito de mostrar os caminhos percorridos pelo estudante até a conclusão do projeto científico. O jovem inventor terá a chance de ganhar um prêmio no valor de R$ 30.000,00, no quadro “Jovens Inventores”.
O trabalho “Carvão de caroço de açaí (Euterpe oleracea) ativado quimicamente com hidróxido de sódio (NaOH) e sua eficiência no tratamento de água para o consumo” tem como objetivo usar o caroço de açaí para desenvolver um tipo de carvão capaz de filtrar a água e torná-la apropriada para o consumo da população que não dispõe de sistema de água tratada, melhorando a qualidade de vida em áreas onde o saneamento básico ainda é precário.
Na época do estudo, a pesquisa revelou que 64% das pessoas afirmaram ter contraído algum tipo de doença pela ingestão de água não tratada e 57% manifestou diarreia infecciosa, seguida de verminoses, cólera, leptospirose e hepatites, confirmando que o líquido não é potável. Assim, o resultado desse trabalho, que é o carvão resultante do caroço de açaí, submetido a vários experimentos químicos, pode contribuir para a prevenção de inúmeras doenças e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida da população local.
Além disso, o caroço de açaí representa uma nova alternativa de matéria-prima na fabricação de carvões ativados, movimentando a economia na região e promovendo também a sustentabilidade na produção de açaí, já que o fruto é muito consumido pela população da região.
Em 2013, quando ganhou o prêmio, Edvan Alves era aluno do 2º ano do Ensino Médio da Escola Ernestina Pereira Maia, onde começou a realizar a pesquisa e desenvolver a parte teórica do projeto. Na época, ele foi convidado pelo seu professor orientador Valdemar Carneiro para desenvolver a parte prática do projeto no Clube de Ciências do município de Abaetetuba, a 25 Km de Moju, que funciona em regime de convênio com a Secretaria de Educação do Pará (Seduc) e onde são desenvolvidos inúmeros projetos científicos de alunos de escolas públicas da região.
Atualmente, com 21 anos, Edivan é aluno do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Uniffesp), estuda no campus de Marabá e integra o programa de Iniciação Científica da Universidade, onde pretende aprimorar sua pesquisa e contribuir ainda mais para o desenvolvimento científico da região norte e do Brasil.
O jovem inventor fala da importância de sua participação em um programa nacional. “É uma honra apresentar o meu trabalho e poder representar o meu estado, o meu município, Mojú, e a Região do Baixo Tocantins que sempre nos impressiona com a quantidade de projetos e pesquisas científicas desenvolvidos. Eu quero que essa participação em programa de visibilidade nacional sirva de incentivo a outros estudantes do estado”, destacou Edivan Alves.
Eliane Cardoso
Secretaria de Estado de Educação

quarta-feira, 8 de julho de 2015

MINHA ESCOLA NÃO TEM RECURSOS, COMO FAZER PESQUISA?

A falta de estrutura na escola não é uma realidade fácil de encarar, e pode tornar complicado  o desenvolvimento de pesquisas que muitas vezes necessitam de um laboratório onde estudantes possam desenvolver suas ideias. Mas se você está nessa situação, vamos tentar pensar em uma forma de contornar isso? Existem algumas maneiras de conseguir meios adequados para fazer uma pesquisa, e saiba, sua força de vontade será a arma mais importante nessa empreitada.

1. Busque ajuda

Converse com seus pais, professores, coordenadores e diretores da escola. Conte para seus amigos e para os amigos dos seus amigos. Peça para que todos o ajudem. Mobilize sua comunidade!

2. Tente parcerias

Entre em contato com outras escolas, professores de universidades, laboratórios de pesquisa e empresas da área. Apresente sua ideia e veja se eles podem colaborar deixando que você utilize as instalações e equipamentos deles para desenvolver seu projeto. Esteja preparado para ouvir nãos, mas não se deixe abater! Continue tentando até encontrar a porta certa.

3. Invente

Tenha seu momento Eureka! Volte uma casa e pense em como fazer um experimento ou uma análise com os recursos que você possui hoje. Mesmo que pareça difícil demais, tente. Imagine diversas maneiras de se fazer a mesma coisa, filosofe sobre o problema e tente encontrar uma solução tangível. Se for preciso, ajude sua escola a consertar um equipamento. Use sua criatividade para superar os obstáculos e desenvolver seu projeto. Conte sua trajetória para as pessoas que escutarem sobre seu trabalho e tenha certeza de que isso será reconhecido.

4. Adversidades a seu favor

Às vezes algumas adversidades podem favorecer o desenvolvimento do seu projeto. Não é raro encontrarmos trabalhos que façam uso de materiais recicláveis, por exemplo, e que conseguem deixar o projeto mais barato e atrativo, além de oferecer uma alternativa viável para um material cujo descarte é inadequado. Outras vezes, ao tentar pensar em novas formas de se resolver um problema por falta de recursos, consegue-se descobrir soluções mais simples e eficientes, que se tornam um grande diferencial na pesquisa.

5. Não largue sua ideia por nada!

Se você acredita na sua ideia, continue tentando colocá-la em prática. Nós sabemos que nem sempre é fácil fazer ciência, ainda mais como pré-universitário. Mas se pesquisar é realmente uma paixão para você, não desista. Deixe que sua paixão seja a motivação para você continuar seguindo em frente. Nesse processo de superação, você vai perceber que está desenvolvendo mais do que uma pesquisa. Você está se desenvolvendo como pessoa, e isso possui um valor enorme.
Nós, da ABRIC, esperamos poder apoiar e contribuir cada vez mais para que jovens construam um mundo melhor com suas ideias, e por isso torcemos muito para que você não desista. Por mais que às vezes seja difícil perceber, é possível fazer a diferença sim!
CRÉDITOS ABRIC

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cientistas teriam descoberto um novo estado da matéria

Uma equipe internacional de cientistas anunciou a descoberta de um novo estado da matéria, um material que parece ser isolante, supercondutor, metal e ímã, tudo em um só. De acordo com a equipe, isso poderia levar ao desenvolvimento de supercondutores de alta temperatura mais eficazes.
Por isso é tão emocionante? Bem, se essas propriedades forem confirmadas, este novo estado da matéria permitirá aos cientistas entender melhor por que alguns materiais têm o potencial de atingir a supercondutividade com uma temperatura crítica relativamente alta – como em menos 135°C, ao invés de -243,2°C.
Como a supercondutividade permite que um material conduza eletricidade sem resistência, o que significa que não há calor, som, ou qualquer outra forma de liberação de energia, este avanço iria revolucionar a forma como usamos e produzimos energia. Porém, ele só seria viável se pudéssemos alcançá-lo nas chamadas temperaturas altas.
  • Há apenas três estados da matéria: mito ou realidade?
Conforme explica Michael Byrne, editor da coluna de tecnologia “Motherboard” da revista “Vice”, quando falamos de estados da matéria, não devemos pensar apenas em sólidos, líquidos, gases e talvez plasmas. Nós também temos que considerar os estados mais obscuros que não ocorrem na natureza, mas são criados em laboratórios – condensado de Bose-Einstein, matéria degenerada, supersólidos, superfluidos e plasma quark-glúon, por exemplo.

Metais Jahn-Teller

Ao introduzir rubídio em moléculas de carbono-60, uma equipe liderada pelo químico Kosmas Prassides, da Universidade de Tokohu, no Japão, foi capaz de mudar a distância entre eles, o que os obrigou formar uma nova estrutura, cristalina. Quando submetida a uma bateria de testes, esta estrutura apresentou uma combinação de fases isolantes, supercondutoras, metálicas e magnéticas, incluindo uma nova em folha, que os pesquisadores têm chamado “metais Jahn-Teller”.
  • Esqueça sólido, líquido e gasoso: cientistas dizem que existem 500 estados da matéria
Batizado em função do efeito Jahn-Teller – que é utilizado na química para descrever como, a baixas pressões, o arranjo geométrico de moléculas e íons em um estado eletrônico pode ficar distorcido -, este novo estado da matéria permite que os cientistas transformem um isolador – que não pode conduzir eletricidade – em um condutor, simplesmente aplicando pressão.
“Isto é o que os átomos de rubídio fazem: aplicam pressão”, explica Byrne. “Normalmente, quando pensamos sobre a adição de pressão, nós pensamos em termos de apertar alguma coisa, forçando suas moléculas a ficarem mais juntas pela força bruta. Mas é possível fazer a mesma coisa quimicamente, aprimorando as distâncias entre as moléculas adicionando ou subtraindo algum tipo de barreira entre elas – colocando discretamente alguns átomos extras, talvez”.
  • Antimatéria “sem explicação” é encontrada dentro de nuvem de tempestade
Em um metal Jahn-Teller, conforme a pressão é aplicada, e conforme o que era anteriormente um isolador – graças ao efeito Jahn-Teller – torna-se um metal, o efeito persiste durante algum tempo. “As moléculas continuam com suas formas antigas. Então, há uma espécie de sobreposição, na qual o material ainda parece muito com um isolante, mas os elétrons também conseguem pular tão livremente como se o material fosse um condutor”, diz.
E é essa fase de transição entre isolante e condutor que, até agora, os cientistas nunca haviam visto. Ela aponta para a possibilidade de transformar materiais isolantes em materiais supercondutores supervaliosos. E esta estrutura cristalina parece ser capaz de fazê-lo a temperatura crítica relativamente alta. “A relação entre o isolador, o estado normal metálico acima da temperatura crítica e o mecanismo supercondutor é uma questão chave para entender todos os supercondutores não convencionais”, escreve a equipe de pesquisa na revista “Science Advances”.
Há muito trabalho de laboratório a ser feito antes que esta descoberta signifique algo para a produção prática de energia no mundo real. Mesmo assim, muitas pessoas já estão animadas com a ideia, como afirma a química Elisabeth Nicol, da Universidade de Guelph, no Canadá: “Compreender os mecanismos em jogo e como eles podem ser manipuladas para alterar a temperatura crítica certamente irá inspirar o desenvolvimento de novos materiais supercondutores”.
Créditos: hypescience.com

quinta-feira, 2 de julho de 2015

MEU ORIENTADOR NÃO ME ORIENTA!

Manter uma boa relação com seu orientador é essencial para o desenvolvimento de um projeto científico, mas não é raro encontrarmos alunos e professores em pé de guerra. Então, para evitar uma relação desgastante, nós separamos 5 dicas que podem tornar muito mais fácil a interação entre você e seu orientador.

1. Orientador não é guru

Orientar um projeto é bem diferente de ensinar uma matéria. O orientador é um conselheiro, ele te ajuda a direcionar seu trabalho, a encontrar erros e a te estimular na busca por novas respostas. Não adianta querer que ele resolva os problemas do seu trabalho, esse não é o papel dele. Mas ele pode te ajudar a pensar em novas soluções. Lembre-se de que sua pesquisa trata de um tema novo, uma abordagem diferente que ainda não existe. Nem sempre há respostas prontas para as perguntas que surgem.

2. Torne-o parte da equipe

Esclareça tudo com seu orientador. Peça a opinião dele. Integre-o ao projeto. Só assim ele poderá te ajudar a se desenvolver melhor. Da mesma forma como um projeto de pesquisa pode ser uma oportunidade de você conhecer uma área e verificar se é isso o que você deseja fazer profissionalmente, aproveite e comece a desenvolver relações profissionais. Assuma responsabilidades sobre seu trabalho, peça orientação ao seu professor e discuta com ele o que você pretende fazer. Clareza e transparência fazem muita diferença na relação aluno-orientador, além de deixar o desenvolvimento mais dinâmico.

3. Lave a roupa suja

Se algo aconteceu e você não gostou, marque uma conversa com seu orientador e explique para ele como você se sente em relação a isso. Muitas vezes ele vai apresentar um ponto de vista que você não tinha percebido sobre o assunto e vocês poderão esclarecer as coisas. Não adianta guardar mágoa. Converse e passe a limpo. Isso pode evitar muitos problemas futuros.

4. Respeito

Assim como você, seu orientador poderia estar fazendo coisas mais divertidas ao invés de corrigir seu relatório ou revisar seu banner. Entenda que ele também está abrindo mão de certas coisas, pois ele acredita no seu potencial. Leve isso em consideração. Seu orientador acredita tanto em você e no seu trabalho que está ao seu lado para somar forças. Vocês fazem parte da mesma equipe de trabalho e ele também merece ser reconhecido.

5. Cuidado com os prazos

Pode parecer besteira, mas ser organizado em relação aos prazos torna tudo mais fácil. Assim como você precisou se programar para realizar as atividades do seu projeto, é importante se preparar para evitar e-mails de última hora pedindo para seu orientador revisar seu projeto com urgência. Assim como você, professores orientadores tem outras ocupações além da pesquisa, e nem sempre podem responder instantaneamente. Sabemos que imprevistos acontecem, mas tente se planejar e pedir as coisas com antecedência para que seu orientador possa se programar, assim como você.
Esperamos que essas dicas simples te ajudem a melhorar sua relação com seu orientador, e que juntos consigam desenvolver o projeto com mais harmonia e companheirismo!

CRÉDITOS: ABRIC

terça-feira, 2 de junho de 2015

Obra “Terra de Revolta” será lançada na Feira do Livro

No dia 06 de junho, a historiadora Ana Renata L. Pantoja, professora do IFPA Campus Abaetetuba, publica seu segundo livro “Terra de Revolta” na Feira do Livro, Stand da Imprensa Oficial do Estado, às 19hs.

A publicação é lançada nos 180 anos de comemoração da Cabanagem, com uma análise teórica-metodológica no campo da Antropologia Histórica.
A obra dialoga, sob a luz das duas ciências em fronteira, sobre o movimento que sacudiu o Grão Pará e o Brasil no século XIX e reverbera de diferentes formas até os dias de hoje, especialmente entre as populações do Campo e suas lutas por terras e direitos.
O livro traz novas visões sobre as lutas cabanas no Baixo Amazonas e na Amazônia, a partir de denso trabalho em arquivos escritos do poder judiciário que cercam vários séculos, inclusive o XIX, até então desconhecidos dos pesquisadores ou cientistas sociais.
A pesquisa da documentação do Fórum da Comarca de Santarém traz o cotidiano das lutas e até falas e planos dos “rebeldes” nas campanhas por uma vida melhor, por terras e por justiça social. O estudo apresenta a Cabanagem de uma etnografia construída a partir de trabalho de campo em uma comunidade rural de nome Cuipiranga, localizada 3 á 4 horas de Santarém.
O Cuipiranga se constituiu como o Quartel general dos cabanos do Baixo Amazonas, lugar de planejamento, lugar de estratégias de luta, de rituais de morte de portugueses, mas também de recomposição das forças. Assim, por meio das memórias dos moradores locais somadas aos vestígios materiais, é apresentado um trabalho científico que associa passado e presente do movimento da Cabanagem no Pará.
Toda a comunidade do Campus é convidada a participar do Lançamento da Obra e conferir a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro, que nesse ano, homenageia o Japão e o escritor Ariano Suassuna. A Feira conta com quase 100 mil títulos e ainda uma extensa programação, que inclui musicais, seminários, mostras de cinema, exposições, palestras e encontros literários. Segue até o próximo domingo 07/06. Participe!
Serviço:
Stand da Imprensa Oficial do Estado
Data do Lançamento: 05 de junho.
Hora: 19h

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lançamento do livro Terra de Revolta


Esse segundo livro tem, emocionalmente falando,  algo especial pra mim.

Sinto-me honrada pelo convite de publicacao, na íntegra, de minha tese de doutorado defendida em 2010.

Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-antropológico da luta pela terra na Amazônia em tempos de Cabanagem que articula documentos de arquivos com narrativas orais e memórias de uma comunidade rural,  Cuipiranga- Santarém,  que,  misturando suas tradições afroindigenas,  continua sonhando como seus antepassados,  por uma vida melhor e por mais justiça s
ocial.

sábado, 23 de maio de 2015

Mais uma vez o Pará recebe Premio Jovem Cientista


O estudante Moises Lopes Rodrigues, 20 anos, da Escola Estadual de Ensino Médio Rui Barbosa, em Tucuruí, foi o 2º colocado na XXVIII edição do Prêmio Jovem Cientista, na categoria Estudante do Ensino Médio. O anúncio aconteceu ontem, em Brasília, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Este ano o prêmio abordou o tema "Segurança Alimentar e Nutricional" e o estudante paraense se destacou por desenvolver um adubo a partir do resíduo de peixe, que se revelou uma alternativa de baixo custo, fácil acesso e produção para o agricultor familiar, capaz de reduzir o uso de fertilizantes químicos e o impacto da atividade pesqueira sobre o meio ambiente.
O problema do descarte das carcaças dos peixes não foi só o que motivou Moises. A escassez de solos ricos em propriedades naturais na região de Tucuruí, contribui para aumentar a utilização de fertilizantes químicos, o que também preocupa o estudante. Para resolver os dois problemas, ele apostou no adubo produzido a partir das sobras dos peixes. "Primeiro pegamos os peixes e deixamos secando ao ar livre por cinco dias. Para desidratar ainda mais, assamos as carcaças com galhos secos de árvores. Por fim, trituramos a mistura, que dá origem ao adubo", explica o estudante, que teve a orientação do professor Paulo Sérgio Melo das Chagas.
Com o adubo pronto, Moises partiu para os testes práticos. Foram escolhidos o coentro e a alface, que foram plantados em quatro leiras. Das duas leiras de coentro, apenas uma recebeu o adubo de peixe; a outra foi fertilizada com esterco de curral curtido. O mesmo foi feito com a alface. "Observamos que, após 20 dias, as plantas que receberam o novo adubo cresceram muito mais do que as que não receberam. Considerando que o consumidor prefere verduras maiores, o poder de venda pode ser ampliado, ajudando o agricultor familiar", conta.
Além do tamanho das plantas, foi constatado que elas cresceram em menos tempo. Enquanto o coentro e a alface que foram adubadas com a carcaça estavam prontos para a colheita 28 dias após a semeadura, o grupo que recebeu o fertilizante de esterco de curral curtido demorou entre 36 e 37 dias para poder ser colhido. Para o pequeno agricultor, este resultado garante uma maior rotação de culturas, além de elevar a lucratividade. Morador de uma comunidade ribeirinha de Tucuruí, Moises já tinha vontade de aproveitar as carcaças dos peixes para evitar que fossem para o lixo, porém não sabia como começar.
"Há dois eu sonhava em participar desse prêmio, mas eu não tinha conhecimento para elaborar algo assim. No entanto, com a orientação do meu professor, eu consegui.  E claro, que eu sonhava com o prêmio, mas era um sonho muito distante. Então, foi totalmente inesperada essa notícia. Eu acredito que o Prêmio Jovem Cientista vai mudar extraordinariamente a minha vida e de toda a nossa equipe que trabalhou nesse projeto. Estou vivendo coisas que eu jamais achei que pudesse viver", comemora Moisés, que tem mais um sonho a ser realizado: ver seu projeto ser colocado em prática.
"A gente precisa de equipamentos, que não são tão caros, mas que também não são tão baratos de modo que a população daqui possa desenvolvê-lo. Nosso objetivo é esse, colocar em prática esse projeto. Nós já temos uma parceria com a secretaria de Meio Ambiente daqui da cidade de Tucuruí, mas precisamos de mais ajuda para comercializar esse nosso adubo", completa.
Além de receber das mãos da presidente Dilma Rousseff o prêmio Jovem Cientista, em solenidade prevista para o mês de junho no Palácio do Planalto, o aluno paraense também será contemplado com um laptop. No geral, o prêmio recebeu 1920 inscrições na edição deste ano, entre as categorias mestre e doutor, estudante de ensino superior e estudantes de ensino médio. No rol dos premiados, além de Moisés, também constam estudantes e instituições de ensino do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Entre os trabalhos vencedores estão um produto que permite ao consumidor identificar fraudes no leite; um modelo inovador de agricultura urbana, que oferece um sistema sustentável de produção e aproxima os consumidores dos produtores; um estudo sobre a castanha-do-brasil como fonte de suplementação de selênio para idosos, que se revela importante aliado na prevenção do Mal de Alzheimer. "É um prêmio importante, porque ele forma a consciência no Brasil de que existem referências, pessoas que são referências, crianças que são referências e crianças que são referências", disse o Presidente do CNPQ, Hernan Chaimovich.
O material didático gratuito e online (www.jovemcientista.cnqp.br) ficará disponível até o fim do ano e pode ser utilizado por todos os que queiram trabalhar o assunto na escola, família ou comunidade. A cada edição do Prêmio Jovem Cientista é indicado um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico, que atenda às políticas públicas e tenha relevância para a sociedade brasileira. O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e conta com patrocínio da Gerdau e da BG Brasil.

sábado, 16 de maio de 2015

Teens win big for pollution control and HIV detection / Adolescentes ganhar grande para controle de poluição e de detecção de HIV

The top winners in the 2015 Intel ISEF competition designed techniques to improve air quality in aircraft cabins, to diagnose HIV early and to corral oil spills.

Os vencedores nas 2015 Intel ISEF técnicas concorrência projetado para melhorar a qualidade do ar em cabines de aeronaves, para diagnosticar HIV precoce e para encurralar os derrames de petróleo.


PITTSBURGH, Pa. — Airline passengers, breathe easy. New research to help improve the air quality inside planes is getting ready for takeoff. A 17-year-old’s design for rerouting the airflow in planes claimed the $75,000 top prize at this year’s Intel International Science and Engineering Fair, or ISEF. One day the devices could reduce the transmission of disease among passengers.
Two other teen researchers earned awards of $50,000 each at the event. One developed a technique to more quickly diagnose infections by HIV. It’s the virus responsible for AIDS. The other invented a device to more quickly shut down undersea oil spills.

PITTSBURGH, Pa. - Passageiros das companhias aéreas, respirar fácil. Novas pesquisas para ajudar a melhorar a qualidade do ar no interior aviões está se preparando para a decolagem. O projeto de um 17-year-old para reencaminhamento o fluxo de ar em aviões reivindicou o prêmio máximo 75.000 dólares este ano no Intel Feira Internacional de Ciência e Engenharia, ou ISEF. Um dia, os dispositivos podem reduzir a transmissão da doença entre os passageiros.
Outros dois pesquisadores adolescente ganhou prêmios de US $ 50.000 cada no evento. Uma desenvolveu uma técnica para diagnosticar mais rapidamente infecções pelo HIV. É o vírus responsável pela AIDS. O outro inventou um dispositivo para fechar mais rapidamente para baixo derrames de petróleo submarino.


Fonte:https://student.societyforscience.org

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Destaque para quatro projetos brasileiros na Intel ISEF


Pittsburgh, Pensilvânia, EUA - 15 de maio - Considerada a maior feira de ciência e engenharia do mundo destinada a jovens pré-universitários, a Intel International Science and Engineering Fair, realizada entre 10 e 15 de maio, reuniu mais de 1.700 estudantes de 75 países.

Depois de terem conquistado três prêmios na cerimônia dos Prêmios Especiais, realizada ontem (14), hoje os estudantes brasileiros ganharam mais quatro prêmios:

4º lugar categoria Química - US$ 500 
Obtenção composto de alternativa para uso como detergente na decelurização de órgãos
Estudantes: Vitória Müller Gerst e Gabriela Bronca Lopes
Fundação Liberato - Novo Hamburgo – RS
*credenciado pela Mostratec

4º lugar categoria Ciências da Terra e Meio Ambiente - US$ 500 
SOS seca: semeando vida no semiárido cearense através de sistemas de captação e dessalinização de água de baixo custo
Estudantes: Maria Vanessa Oliveira Teodósio e Fátima Natanna de Miranda
Escola Estadual de Educação Profissional Júlio França Bela Cruz – CE
*credenciado pela Mostratec.

3º lugar categoria Biomedicina e Ciências da Saúde - US$ 1,000 
Ação sinergética de antiviral natural
Estudante: Helyson Lucas Bezerra Braz
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Limoeiro do Norte – CE
*credenciado pela Mostratec.

3º lugar categoria Bioquímica e Ciências da Saúde - US$ 1,000 
Análise comparativa entre celulose e metal na remoção de ions metálicos do processo de tratamento da água na indústria
Estudantes: Santiago Maria Calderon Novoa e Diana Marie Sieh
Escola Americana de Campinas - SP
*credenciado pela Escola Americana. Parabéns!

Foto: Nathana, Gabriela, Helyson, Vitória e Vanessa.

FONTE: mostratec.com.br

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Brasileiros recebem Prêmios Especiais na Intel ISEF

Pittsburgh, Pensilvânia, EUA - 14 de maio – A cerimônia dos Prêmios Especiais da Intel ISEF, que aconteceu na noite desta quinta-feira, premiou quatro projetos brasileiros. Este ano, 68 diferentes organizações, entre universidades, fundações, associações e empresas públicas e privadas distribuirão prêmios. 

São eles: 

Prêmio Oracle Academy – US$ 5,000 
Software de auxílio na produção de textos narrativos
Estudante: Bibiana da Costa Davila
Fundação Liberato - Novo Hamburgo – RS
Finalista Mostratec 
Resumo 
O projeto “Software de Auxílio na Produção de Textos Narrativos” tem como objetivo criar uma plataforma que os auxilie alunos de séries iniciais do ensino fundamental na produção de textos. O software foi desenvolvido para a web, de modo que fosse funcional independentemente do hardware ou sistema operacional utilizado e também para possibilitar maior interatividade entre os usuários. O projeto buscou focar-se na estrutura narrativa, para isso, criou-se um ambiente onde o texto era escrito em partes, cada uma correspondente a um momento do texto narrativo: situação inicial, nó desencadeador, reação ou avaliação, desenlace e situação final. Ainda foram disponibilizadas para cada uma das partes dicas, explicações e exemplos, e, em todo o Software, a correção ortográfica - que grifa palavras erradas de acordo com a língua do navegador. Em função de ter sido desenvolvido em uma plataforma online, o projeto ainda conta com espaços em que era possível publicar os textos produzidos, comentá-los, ler textos de outras pessoas e criar novas versões dos mesmos. O sistema foi testado com uma turma de quinto ano, com alunos entre nove e onze anos, de uma escola municipal da cidade de Novo Hamburgo. Primeiramente foram realizados textos narrativos sem o auxílio do software e depois o utilizando, sendo que os textos foram comparados de forma qualitativa, analisando em que pontos os alunos haviam apresentado alguma melhora. 


Prêmio China Association for Science and Technology (CAST) – US$ 1,200 
Obtenção composto de alternativa para uso como detergente na decelurização de órgãos 
Estudantes: Vitória Müller Gerst e Gabriela Bronca Lopes 
Fundação Liberato - Novo Hamburgo – RS 
Finalista Mostratec 
Resumo 
O projeto visa a obtenção de um composto alternativo - que mantivesse a propriedade zwitteriônica e garantisse obtenção facilitada, através de matéria-prima natural e reações orgânicas de modificações simples - para o processo de descelularização de órgãos, que consiste na retirada do material genético do órgão doador, a partir de uma solução detergente, e posterior repovoamento com as células do receptor, evitando assim a rejeição e neutralizando os fatores de riscos da criopreservação. O componente de partida para as reações que garantem a hibridez foi o ácido abiético, encontrado na resina de Breu, proveniente da Pinus elliottii. Através de testes de caracterização e verificação, as propriedades do produto, o acetato de abietamidometil-dietilamônio, foram avaliadas. O ensaio de desnaturação de proteínas apresentou resultado negativo, mostrando que o composto não será agressivo à estrutura do órgão, visto que esta é composta por colágeno. A propriedade zwitteriônica foi verificada através do grau de hemólise, o qual a confirmou pelo resultado próximo a 50%, intermediário e característico da classe, uma vez que não poderia ser de baixa ação ou excessivamente agressivo. Todos os resultados foram satisfatórios e os objetivos alcançados, sendo assim o projeto apresenta uma alternativa inovadora e viável, visando à melhora da qualidade de vida do receptor e ao consequente aprimoramento de transplantes de órgãos, já que contribui para o desenvolvimento do processo de descelularização. 


Prêmio American Meteorological Society – US$ 500 
Solução metereológica para agronegócios 
Estudantes: Pedro Otávio Liberato Rocha, Lucas Moraes e Eduardo da Silva Campos. 
Colégio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul - RS 
Finalista MOSTRATEC 
Resumo 
O projeto tem como objetivo desenvolver um protótipo de miniestação meteorológica, utilizando as tecnologias para coletar e formatar dados considerados importantes na produtividade, disponibilizando-os de forma automatizada, de fácil leitura e entendimento a um custo reduzido se comparado a produtos similares existentes no mercado. Em testes realizados para verificação da eficácia e precisão dos sensores, os estudantes concluíram que a porcentagem de variação dos dados captados pela miniestação foi inferior a 0,4%, da mesma forma como foi estabelecido um ganho superior a 89,8% referente ao custo de miniestações analisadas. Com isso, o projeto torna-se viável, uma vez que permite a captação de dados importantes ao planejamento estratégico para pequenos produtores, otimizando sua produção em um investimento com boa relação custo-benefício. 


Prêmio U.S. Agency for Internationa Development – US$ 10,000 
SOS seca: semeando vida no semiárido cearense através de sistemas de captação e dessalinização de água de baixo custo 
Estudantes: Maria Vanessa Oliveira Teodósio e Fátima Natanna de Miranda 
Escola Estadual de Educação Profissional Júlio França Bela Cruz - CE 
Finalista MOSTRATEC 
Resumo 
O projeto tem como objetivo apresentar um plano efetivo de combate a seca, o SOS Seca, que visa construir de forma cooperativa sistemas de captação e dessalinização de água de baixo custo com foco em aspectos ambientais, sociais e econômicos. Os resultados da pesquisa comprovam que os sistemas de captação e de dessalinização de água são alternativas eficientes no combate a seca e configuram-se como uma verdadeira medida proativa com efeitos imediatos sobre o sofrimento de 95% da população cearense. 


Menção Honrosa American Statistical Association 
Reaproveitamento de subprodutos agroindustriais no desenvolvimento de produto enriquecido com fibras para celíacos 
Estudante: Alessandro Hippler Roque 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Osório - RS Finalista FEBRACE 


Menção Honrosa National Institute on Drug Abuse, National Institutes of Health & the Friends of NIDA 
Estudante: Lucas Lopes Cendes Escola Americana de Campina - SP 

No dia 15 de maio, pela manhã, ocorre a cerimônia dos Grandes Prêmios - 1º, 2º, 3º e 4º lugares. Os prêmios estão estimados em mais de US$ 4 milhões. 

Na foto: Vanessa, Nathana, Bibiana, Gabriela, Vitória, Eduardo, Pedro e Lucas.

Inscrições aberta para a XXI CIÊNCIA JOVEM RECIFE-PE

Inscrições abertas para a Ciência Jovem 2015, mais informações acessem o site do evento aqui, a feira sera realizada em Recife-PE no Período de 28, 29 e 30/10/2015.
O Espaço Ciência promove diversos eventos comemorativos relacionados à ciência, tecnologia e meio ambiente, cursos e encontros de ciência, mas o grande evento anual sem dúvida é a CIÊNCIA JOVEM, uma feira de ciência que no início abrangia apenas escolas de Pernambuco, mas que agora ganhou definitivamente um caráter nacional. Vale destacar q
ue na última edição tivemos representantes de todos estados brasileiros, totalizando 320 trabalhos distribuídos em todas as categorias.
A CIÊNCIA JOVEM está articulada a diversas feiras nacionais, como a FEBRACE-SP, MOSTRATEC-RS e SBPC Jovem, nas quais tem conquistado prêmios, demonstrando a qualidade de seus trabalhos. Com a crescente ampliação do quantitativo de instituições educacionais participantes, do público (fluxo diário de aproximadamente 3.000 pessoas) e consolidação do evento, a CIÊNCIA JOVEM é hoje um evento integrado ao calendário escolar das diversas redes de ensino.

Aberta as inscrições para a FEBRACE 2016


Está aberto as inscrições da FEBRACE 2015, a cada ano a feira fica mais fica concorrida e com projetos de excelente qualidades, as inscrições estão aberta no site febrace.org.br, até dia 30 de outubro de 2015, sendo que o evento sera realizado em São Paulo-SP no período de 15 à 17 de março de 2016.

A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia é um movimento nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza na Universidade de São Paulo uma grande mostra de projetos.
A FEBRACE assume um importante papel social incentivando a criatividade e a reflexão em estudantes da educação básica, através do desenvolvimento de projetos com fundamento científico, nas diferentes áreas das ciências e engenharia.
Desenvolvemos o ano todo ações de incentivo à cultura investigativa, de inovação e empreendedorismo em nosso país.
Desde 2003, a FEBRACE tem descoberto novos talentos e gerado oportunidades. Sua história é composta por alunos, professores, pais e escolas que juntos mostram à sociedade brasileira que aprendem a aprender, que podem querer e que podem fazer.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Começou a avaliação na Intel ISEF

Pittsburgh, Pensilvânia, EUA – 13 de maio – Juízes avaliam projetos pela manhã e à tarde. 

Todos os estudantes que participam da Intel ISEF estão sendo avaliados nesta quarta-feira (13). Uma das novidades desse ano é que agora são 20 áreas e os juízes visitam os alunos entre 8h - 12h e 13h -17h.

Na manhã, 14 de maio, a feira será aberta à visitação pública. À noite, serão anunciados os prêmios especiais, oferecidos por universidades, associações, empresas, instituições públicas e privadas de diferentes segmentos. 

A feira encerra na sexta-feira (15), com a cerimônia de premiação dos Grandes Prêmios - 1º, 2º, 3º e 4º lugares. O grande vencedor receberá Gordon E. Moore (US$ 75,000). Os prêmios estão estimados em mais de US$ 4 milhões. 

O Brasil está representado por estudantes selecionados pelas feiras Mostratec (RS) e Febrace (SP), com 18 projetos. A Escola Americana de Campinas (SP) também está presente com três projetos.

FONTE: www.mostratec.com.br





segunda-feira, 4 de maio de 2015

Jovem cientista inova uso de fruta do buriti

Acreditando no poder transformador da educação, o universitário Maurício Pantoja, 19, desenvolveu dois projetos com resíduos de buriti baseados em um importante tripé social: ambiente, ciência e geração de renda. Da comunidade de Anapuzinho, região ribeirinha de Igarapé-Miri, nordeste do Estado, o estudante de Ciências Biológicas, do Instituto Federal do Pará (IFPA), polo Abaetetuba, venceu vários obstáculos e, de 10 a 15 de maio, será o representante paraense numa das maiores feiras de ciências do mundo, a Intel IESEF (Intel International Science and Engineering Fair), nos Estados Unidos.
O aluno se dedicou ao projeto com livros disponibilizados na Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Antônio de Castro, sua única fonte de informação. Na localidade em que mora, internet e telefone ainda não fazem parte da rotina. “Como eu estudava em ensino regular no Ensino Médio, não tinha aulas todos os dias. Pensei em ocupar meu tempo. Sempre achei interessante fazer projetos. Observei que, quando a água do rio subia, trazia muito caroço de buriti. Como moramos em palafitas, os suínos ficavam comendo. Foi daí que me veio a ideia de fazer um alimento para animais, pois assim geraria renda e emprego para as pessoas da região”, conta o universitário.
Maurício mora com dois irmãos, mãe e avó. A renda da família ribeirinha chega a um salário mínimo. “Eu já tinha conhecimento de que existiam outros projetos com o resíduo do buriti. Na escola fazem mingau do fruto, então comecei a coletar caroços. Fui para o forno da escola para assá-los e depois fazer o farelo no liquidificador. As primeiras tentativas deram errado. Queimei dois liquidificadores na escola e outro da minha casa”, ri.
Para chegar ao ponto exato do experimento, o estudante precisou adicionar outras substâncias até reunir todos os nutrientes da ração. “Além do caroço, usamos o sal como conservante e 15% de polpa para ter mais textura, cor, gosto, proteína, carboidrato e vitaminas”.

DESCOBERTA
Com a ração pronta, o estudante apresentou o projeto na sua escola. O reconhecimento veio após uma visita da Secretaria de Educação (Seduc) ao município. “Disseram que iam me colocar em contato com o professor Gilberto Luís, de Abaetetuba, que hoje é o meu orientador. Foi com ele que fui pela primeira vez ao Rio Grande do Sul para concorrer à possibilidade de ir para a feira nos Estados Unidos. Mas em 2013 não ganhei”, conta.
Sem a vitória, Maurício voltou para casa com mais vontade de vencer e passou mais um ano se dedicando a fazer o melhor. “Em 2014, nós levamos outro projeto, que é o uso do carvão do caroço de buriti para filtrar água. Se nós fôssemos colocar para vender, seria muito barato. Então, como a população ribeirinha não tem água tratada e usa a do rio para abastecer suas casas, seria melhor utilizado.”
Disputando com o projeto “Transformando resíduos do buriti em ração para suínos e carvão ativado II – estudo da viabilidade social e redução de impacto ambiental”, Maurício ganhou a possibilidade de apresentar suas inovações para o mundo. “Hoje estou muito feliz em ter feito um projeto para ajudar a minha comunidade, de saber que as pessoas poderão ter renda e uma qualidade de vida melhor com a água tratada pelo filtro. Hoje o filtro pode ser vendido para colocar em aquários e nas caixas d’água. Para o futuro, espero ajudar muitas pessoas".
A FEIRA
O projeto do paraense é acompanhado pelo IFPA pois este ano o estudante ingressou no nível superior. O universitário fará parte de uma comitiva de 30 estudantes que representam dez estados brasileiros. A edição 2015 da Intel ISEF acontece de 10 a 15 de maio, no David L. Lawrence Convention Center, em Pittsburg, Pensilvânia. Mais de 1.600 dos mais promissores e inovadores jovens cientistas do mundo estarão lá apresentando projetos. Eles concorrem a US$ 4 milhões em bolsas de estudos e prêmios. Os vencedores serão anunciados no último dia.
(Diário do Pará)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Brasileira de 23 anos ganha bolsa em universidade da Nasa por criar solução para a crise hídrica

Uma brasileira ganhou uma bolsa de estudos para estudar em uma universidade dentro de uma unidade da Nasa após ter encontrado uma solução para ajudar a resolver a questão da falta de água, um problema global que já atinge fortemente cidades como São Paulo.
Mariana Vasconcelos, de 23 anos, criou uma plataforma que conecta um aplicativo para celulares a sensores instalados na terra para que agricultores saibam a quantidade exata de água necessária para a atividade agrícola. A jovem empreendedora diz que o sistema promove uma economia de água entre 30% e 70%. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 70% da água do mundo é utilizada para irrigação na agricultura, porém 50% deste volume é desperdiçado durante o processo.
O projeto batizado de Agrosmart venceu 562 finalistas do concurso Call to Innovation 2015, promovido pela faculdade Fiap. Com o prêmio, Mariana ganha uma bolsa de estudos para o Graduate Studies Program (GSP) 2015 da Singularity University, que fica dentro de uma base de pesquisa da Nasa no Vale do Silício e tem cursos focados em inovação.
Além do curso, Mariana terá as despesas com alimentação e estadia, dentro das instalações da NASA, pagas. Depois da experiência internacional, a vencedora também ganhará uma bolsa integral para um curso do programa de MBA da FIAP.
“A Singularity University é conhecida por empoderar agentes de mudança e nós acreditamos muito na nossa solução não só para economizar água, mas para  que as pessoas fiquem mais conscientes da importância de garantir recursos hídricos para o futuro e melhorar a produtividade do setor agrícola”, diz.
O “nós” dito pela empreendedora se explica pelo fato de que Mariana não criou o negócio sozinha. Ela começou a planejar a Agrosmart no fim de 2013 com outros três amigos: Raphael Tizzi, Thales Nicoleti e Anderson Casemiro. O projeto foi criado durante uma edição do Startup Weekend, do qual foi vencedor, e no ano passado foi selecionado para fazer parte do programa Start-Up Brasil, do governo federal, que oferece bolsas de até R$ 200 mil ao longo de um ano para pagamento de salários e parceria com uma aceleradora para desenvolvimento do modelo de negócio.
Desde então, a Agrosmart está sendo acelerada pela Baita, em Campinas, e possui hoje duas fazendas como clientes onde a tecnologia vencedora do concurso está sendo testada.
Experiência
Apesar de jovem, Mariana já teve outras duas startups. Formada em administração de empresas pela Universidade Federal de Itajubá (Unifei), ela teve o seu primeiro contato com empreendedorismo ao trabalhar em uma padaria gerida pela sua família. Depois, criou outras duas empresas no ramo da internet das coisas antes de investir na Agrosmart. “Nós criamos essa solução porque acreditamos realmente que podemos melhorar a vida das  pessoas no campo com o uso de tecnologia”, afirma.
Na final do concurso da Fiap, a tecnologia da Agrosmart concorreu com outras seis soluções pelo prêmio principal (veja aqui todos os finalistas). A empresa de Mariana foi considerada a vencedora após apresentar o projeto para uma banca, que contou com a participação de Salim Ismail, um dos fundadores da Singularity University. A ganhadora embarca em junho para os Estados Unidos para começar os seus estudos.
Fonte:blogs.estadao.com.br; acesso em 22 de abril de 2015.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

5 APPS ANDROID ESSENCIAIS PARA QUEM FAZ CIÊNCIA

Selecionamos 5 aplicativos gratuitos que consideramos importantes você ter sempre à mão para fazer sua pesquisa em qualquer lugar. Com estes apps, você poderá se organizar facilmente e ter sempre as ferramentas necessárias para cada momento do seu projeto!

Evernote

As melhores ideias nunca surgem quando temos papel e caneta por perto! E para não ficar acumulando um monte de notas desorganizadas no seu celular, indicamos o Evernote! 
Ele funciona no seu celular, tablte e desktop. Assim, todas as suas anotações ficam sempre atualizadas e você pode acessá-las de qualquer dispositivo, seja no pc em casa ou no celular na rua.
O Evernote funciona como um fichário, onde você pode criar as divisões e dentro delas inserir páginas com suas ideias, tarefas, resultados ou aquelas dicas que você recebeu após falar com seu orientador!
Evernote

Dropbox

Esse app clássico ainda se mantém como um dos mais importantes em todas as áreas. Com 2 Gb de espaço na núvem, você pode levar seu relatório, resumos, referências de trabalhos e muito mais no seu celular, leia e estude-as quando precisar.
Além disso, o dropbox permite que você compartilhe arquivos e pastas com outras pessoas, assim elas também podem adicionar arquivos e acessar seus materiais. Uma ótima opção pra quem faz projetos em grupo!
dropbox

Panecal – Calculadora Científica

Esqueceu a calculadora e precisa trabalhar nos cálculos do seu projeto?
Com um design que imita uma calculadora científica comum e com todas as funcionalidades, este app simples vai garantir que você não fique na mão quando esquecer a calculadora em casa!
panecal

GanttMan

Este é um app menos conhecido, mas que pode ser muito útil no seu projeto de ciências!
Com ele você pode criar etapas de projeto e tarefas mais específicas, determinar o tempo de duração de cada fase e observar seu cronograma em um gráfico de Gantt.
Além disso, você pode definir quando uma etapa depende de outra e assim se programar melhor para cumprir seu plano de pesquisa ao longo do ano. Se você precisa se planejar, este app é perfeito pra você!
Ganttman

Alchemy

AlchemyChega uma hora que todos nós precisamos relaxar, não é mesmo? Mas até nessas horas é difícil parar de pensar em ciência e em como as coisas são feitas. Por isso, este joguinho promete alegrar o tédio de todo jovem cientista! 
O Alchemy te leva de volta à idade da pedra, com os 4 elementos básicos: fogo, água, terra e ar. Combine os elementos e comece a descobrir novos materiais, utensílios e elementos. Ao todo, são 270 e é realmente um desafio descobrir todos eles!
Se você utiliza algum aplicativo legal que não foi citado aqui e gostaria de compartilhar conosco, deixe seu comentário!
Fonte: http://incentivoaciencia.com.br; acesso em 20 de abril de 2015.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Cientistas reproduzem anticorpo capaz de neutralizar o HIV

A escultura representa um anticorpo muito especial em ação. Na parte de baixo, vê-se uma longa fita enrolada. Ela é o pedaço do vírus HIV que ataca as células humanas e provoca a Aids. Já o pedaço de cima é o anticorpo apelidado de 3BNC117. Na representação, ele está neutralizando o HIV. "Ele bloqueia o vírus, bloqueia o receptor do vírus que vê a célula humana. Então, o vírus não consegue entrar na célula", explica Michel Nussenzweig, cientista.
O anticorpo foi criado pelo sistema imunológico de uma pessoa soropositiva mas que não desenvolveu a Aids, um caso raríssimo.
O anticorpo foi isolado e depois clonado no laboratório do cientista brasileiro Michel Nussenzweig, na Universidade Rockefeller, em Nova York. O estudo, que foi publicado nesta quarta-feira (8) na revista científica Nature, mostra que o tratamento com esse anticorpo pode reduzir radicalmente a presença do vírus HIV no organismo.
A pesquisa foi liderada por outra cientista brasileira, Marina Caskey. O 3BNC117 foi injetado em 17 pacientes soropositivos, e 12 soronegativos. Cada um recebeu apenas uma dose. Nos portadores de HIV, em uma semana a quantidade de vírus no organismo caiu em até 99%. Mas o efeito não foi duradouro. Como normalmente o corpo humano não consegue produzir esse anticorpo o vírus gradualmente voltou.
Nas pessoas soronegativas, o objetivo foi verificar se haveria alguma reação prejudicial ao anticorpo, o que não aconteceu. "A gente está mostrando pela primeira vez que essa classe de drogas, que são chamadas  anticorpos que são neutralizantes, pela primeira vez a gente está mostrando que ela tem atividade significante em pessoas que são infectadas com HIV que ainda não estão em tratamento", afirma a cientista Marina Caskey.

A próxima etapa da pesquisa, que começará ainda este ano, envolverá um número maior de pacientes e várias doses do anticorpo, na esperança de que ele eventualmente elimine o vírus HIV do organismo das pessoas infectadas. Ainda é cedo para falar em cura, mas esse é o objetivo.

Fonte: g1.globo.com; acesso em 09 de abril de 2015.

Brasileira cria sensor que descobre câncer antes dos sintomas e sem biópsia

Detectar um câncer antes mesmo de qualquer sintoma surgir, sem biópsia ou procedimentos invasivos, pode ajudar muito no tratamento da doença. Agora, os primeiros passos em direção a essa novidade foram dados por uma brasileira, a cientista brasiliense Priscila Monteiro Kosaka, 35 anos, doutora em Química e integrante do Instituto de Microeletrônica de Madri.
Kosaka criou um sensor ultrassensível que descobre a doença a partir de um exame de sangue, usando uma técnica chamada de bioreconhecimento, que também poderá ser usada no diagnóstico de hepatite e Alzheimer.
Segundo ela, o sensor é inovador porque consegue detectar uma amostra muito pequena em meio a milhares de células, coisa que nenhum outro biomarcador conseguia até então.
Funciona como um mini trampolim, com anticorpos na superfície, que quando "captam" a presença do câncer na amostra de sangue reagem e se tornam mais pesados. O dispositivo faz com que haja uma mudança de cor das partículas. "A superfície do trampolim muda de cor e brilha muito, como se fosse uma árvore de Natal", explica. 
O dispositivo possui uma taxa de erro de dois a cada 10 mil casos.
Fase de testes
Kosaka ressalta que a descoberta está sendo testada há quatro anos, mas ainda falta o teste com amostras de doentes e com biomarcadores de última geração. E antes de chegar ao mercado, é preciso baixar o seu custo. A previsão é de que isso só aconteça dentro de dez anos.
Mas a ideia é que o dispositivo tenha um custo acessível e seja utilizado por meio de exames de rotina, dispensando assim o procedimento da biópsia. 

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil tem 576 mil casos de câncer por ano. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) é o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil).

Fonte:noticias.uol.com.br; acesso em 10 de abril de 2014.
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