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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Jovem inventor paraense participará do programa Caldeirão do Hulk


O jovem paraense Edivan Alves, natural de Moju, viajou nesta quarta-feira, 23, às 9h, do Aeroporto Internacional de Belém rumo ao Rio de Janeiro, para participar da gravação da 4ª edição do quadro “Jovens Inventores” do programa Caldeirão do Hulk, da Rede Globo. O estudante apresentará em rede nacional o filtro de água desenvolvido a partir do carvão ativado obtido na queima do caroço de açaí. A invenção foi desenvolvida em 2013, no Clube de Ciências da Escola Estadual Ernestina Pereira Maia, em Moju, e rendeu ao estudante o primeiro lugar da 17ª edição do Prêmio Jovem Cientista na modalidade Ensino Médio, prêmio que foi entregue pela presidente Dilma Roussef no mesmo ano.
A produção do Caldeirão do Hulk visitou, em junho, os municípios de Moju e Abaetetuba para gravar algumas cenas na casa da família de Edivan e no Clube de Ciências, com o intuito de mostrar os caminhos percorridos pelo estudante até a conclusão do projeto científico. O jovem inventor terá a chance de ganhar um prêmio no valor de R$ 30.000,00, no quadro “Jovens Inventores”.
O trabalho “Carvão de caroço de açaí (Euterpe oleracea) ativado quimicamente com hidróxido de sódio (NaOH) e sua eficiência no tratamento de água para o consumo” tem como objetivo usar o caroço de açaí para desenvolver um tipo de carvão capaz de filtrar a água e torná-la apropriada para o consumo da população que não dispõe de sistema de água tratada, melhorando a qualidade de vida em áreas onde o saneamento básico ainda é precário.
Na época do estudo, a pesquisa revelou que 64% das pessoas afirmaram ter contraído algum tipo de doença pela ingestão de água não tratada e 57% manifestou diarreia infecciosa, seguida de verminoses, cólera, leptospirose e hepatites, confirmando que o líquido não é potável. Assim, o resultado desse trabalho, que é o carvão resultante do caroço de açaí, submetido a vários experimentos químicos, pode contribuir para a prevenção de inúmeras doenças e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida da população local.
Além disso, o caroço de açaí representa uma nova alternativa de matéria-prima na fabricação de carvões ativados, movimentando a economia na região e promovendo também a sustentabilidade na produção de açaí, já que o fruto é muito consumido pela população da região.
Em 2013, quando ganhou o prêmio, Edvan Alves era aluno do 2º ano do Ensino Médio da Escola Ernestina Pereira Maia, onde começou a realizar a pesquisa e desenvolver a parte teórica do projeto. Na época, ele foi convidado pelo seu professor orientador Valdemar Carneiro para desenvolver a parte prática do projeto no Clube de Ciências do município de Abaetetuba, a 25 Km de Moju, que funciona em regime de convênio com a Secretaria de Educação do Pará (Seduc) e onde são desenvolvidos inúmeros projetos científicos de alunos de escolas públicas da região.
Atualmente, com 21 anos, Edivan é aluno do curso de Engenharia Química da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Uniffesp), estuda no campus de Marabá e integra o programa de Iniciação Científica da Universidade, onde pretende aprimorar sua pesquisa e contribuir ainda mais para o desenvolvimento científico da região norte e do Brasil.
O jovem inventor fala da importância de sua participação em um programa nacional. “É uma honra apresentar o meu trabalho e poder representar o meu estado, o meu município, Mojú, e a Região do Baixo Tocantins que sempre nos impressiona com a quantidade de projetos e pesquisas científicas desenvolvidos. Eu quero que essa participação em programa de visibilidade nacional sirva de incentivo a outros estudantes do estado”, destacou Edivan Alves.
Eliane Cardoso
Secretaria de Estado de Educação

quarta-feira, 8 de julho de 2015

MINHA ESCOLA NÃO TEM RECURSOS, COMO FAZER PESQUISA?

A falta de estrutura na escola não é uma realidade fácil de encarar, e pode tornar complicado  o desenvolvimento de pesquisas que muitas vezes necessitam de um laboratório onde estudantes possam desenvolver suas ideias. Mas se você está nessa situação, vamos tentar pensar em uma forma de contornar isso? Existem algumas maneiras de conseguir meios adequados para fazer uma pesquisa, e saiba, sua força de vontade será a arma mais importante nessa empreitada.

1. Busque ajuda

Converse com seus pais, professores, coordenadores e diretores da escola. Conte para seus amigos e para os amigos dos seus amigos. Peça para que todos o ajudem. Mobilize sua comunidade!

2. Tente parcerias

Entre em contato com outras escolas, professores de universidades, laboratórios de pesquisa e empresas da área. Apresente sua ideia e veja se eles podem colaborar deixando que você utilize as instalações e equipamentos deles para desenvolver seu projeto. Esteja preparado para ouvir nãos, mas não se deixe abater! Continue tentando até encontrar a porta certa.

3. Invente

Tenha seu momento Eureka! Volte uma casa e pense em como fazer um experimento ou uma análise com os recursos que você possui hoje. Mesmo que pareça difícil demais, tente. Imagine diversas maneiras de se fazer a mesma coisa, filosofe sobre o problema e tente encontrar uma solução tangível. Se for preciso, ajude sua escola a consertar um equipamento. Use sua criatividade para superar os obstáculos e desenvolver seu projeto. Conte sua trajetória para as pessoas que escutarem sobre seu trabalho e tenha certeza de que isso será reconhecido.

4. Adversidades a seu favor

Às vezes algumas adversidades podem favorecer o desenvolvimento do seu projeto. Não é raro encontrarmos trabalhos que façam uso de materiais recicláveis, por exemplo, e que conseguem deixar o projeto mais barato e atrativo, além de oferecer uma alternativa viável para um material cujo descarte é inadequado. Outras vezes, ao tentar pensar em novas formas de se resolver um problema por falta de recursos, consegue-se descobrir soluções mais simples e eficientes, que se tornam um grande diferencial na pesquisa.

5. Não largue sua ideia por nada!

Se você acredita na sua ideia, continue tentando colocá-la em prática. Nós sabemos que nem sempre é fácil fazer ciência, ainda mais como pré-universitário. Mas se pesquisar é realmente uma paixão para você, não desista. Deixe que sua paixão seja a motivação para você continuar seguindo em frente. Nesse processo de superação, você vai perceber que está desenvolvendo mais do que uma pesquisa. Você está se desenvolvendo como pessoa, e isso possui um valor enorme.
Nós, da ABRIC, esperamos poder apoiar e contribuir cada vez mais para que jovens construam um mundo melhor com suas ideias, e por isso torcemos muito para que você não desista. Por mais que às vezes seja difícil perceber, é possível fazer a diferença sim!
CRÉDITOS ABRIC

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cientistas teriam descoberto um novo estado da matéria

Uma equipe internacional de cientistas anunciou a descoberta de um novo estado da matéria, um material que parece ser isolante, supercondutor, metal e ímã, tudo em um só. De acordo com a equipe, isso poderia levar ao desenvolvimento de supercondutores de alta temperatura mais eficazes.
Por isso é tão emocionante? Bem, se essas propriedades forem confirmadas, este novo estado da matéria permitirá aos cientistas entender melhor por que alguns materiais têm o potencial de atingir a supercondutividade com uma temperatura crítica relativamente alta – como em menos 135°C, ao invés de -243,2°C.
Como a supercondutividade permite que um material conduza eletricidade sem resistência, o que significa que não há calor, som, ou qualquer outra forma de liberação de energia, este avanço iria revolucionar a forma como usamos e produzimos energia. Porém, ele só seria viável se pudéssemos alcançá-lo nas chamadas temperaturas altas.
  • Há apenas três estados da matéria: mito ou realidade?
Conforme explica Michael Byrne, editor da coluna de tecnologia “Motherboard” da revista “Vice”, quando falamos de estados da matéria, não devemos pensar apenas em sólidos, líquidos, gases e talvez plasmas. Nós também temos que considerar os estados mais obscuros que não ocorrem na natureza, mas são criados em laboratórios – condensado de Bose-Einstein, matéria degenerada, supersólidos, superfluidos e plasma quark-glúon, por exemplo.

Metais Jahn-Teller

Ao introduzir rubídio em moléculas de carbono-60, uma equipe liderada pelo químico Kosmas Prassides, da Universidade de Tokohu, no Japão, foi capaz de mudar a distância entre eles, o que os obrigou formar uma nova estrutura, cristalina. Quando submetida a uma bateria de testes, esta estrutura apresentou uma combinação de fases isolantes, supercondutoras, metálicas e magnéticas, incluindo uma nova em folha, que os pesquisadores têm chamado “metais Jahn-Teller”.
  • Esqueça sólido, líquido e gasoso: cientistas dizem que existem 500 estados da matéria
Batizado em função do efeito Jahn-Teller – que é utilizado na química para descrever como, a baixas pressões, o arranjo geométrico de moléculas e íons em um estado eletrônico pode ficar distorcido -, este novo estado da matéria permite que os cientistas transformem um isolador – que não pode conduzir eletricidade – em um condutor, simplesmente aplicando pressão.
“Isto é o que os átomos de rubídio fazem: aplicam pressão”, explica Byrne. “Normalmente, quando pensamos sobre a adição de pressão, nós pensamos em termos de apertar alguma coisa, forçando suas moléculas a ficarem mais juntas pela força bruta. Mas é possível fazer a mesma coisa quimicamente, aprimorando as distâncias entre as moléculas adicionando ou subtraindo algum tipo de barreira entre elas – colocando discretamente alguns átomos extras, talvez”.
  • Antimatéria “sem explicação” é encontrada dentro de nuvem de tempestade
Em um metal Jahn-Teller, conforme a pressão é aplicada, e conforme o que era anteriormente um isolador – graças ao efeito Jahn-Teller – torna-se um metal, o efeito persiste durante algum tempo. “As moléculas continuam com suas formas antigas. Então, há uma espécie de sobreposição, na qual o material ainda parece muito com um isolante, mas os elétrons também conseguem pular tão livremente como se o material fosse um condutor”, diz.
E é essa fase de transição entre isolante e condutor que, até agora, os cientistas nunca haviam visto. Ela aponta para a possibilidade de transformar materiais isolantes em materiais supercondutores supervaliosos. E esta estrutura cristalina parece ser capaz de fazê-lo a temperatura crítica relativamente alta. “A relação entre o isolador, o estado normal metálico acima da temperatura crítica e o mecanismo supercondutor é uma questão chave para entender todos os supercondutores não convencionais”, escreve a equipe de pesquisa na revista “Science Advances”.
Há muito trabalho de laboratório a ser feito antes que esta descoberta signifique algo para a produção prática de energia no mundo real. Mesmo assim, muitas pessoas já estão animadas com a ideia, como afirma a química Elisabeth Nicol, da Universidade de Guelph, no Canadá: “Compreender os mecanismos em jogo e como eles podem ser manipuladas para alterar a temperatura crítica certamente irá inspirar o desenvolvimento de novos materiais supercondutores”.
Créditos: hypescience.com

quinta-feira, 2 de julho de 2015

MEU ORIENTADOR NÃO ME ORIENTA!

Manter uma boa relação com seu orientador é essencial para o desenvolvimento de um projeto científico, mas não é raro encontrarmos alunos e professores em pé de guerra. Então, para evitar uma relação desgastante, nós separamos 5 dicas que podem tornar muito mais fácil a interação entre você e seu orientador.

1. Orientador não é guru

Orientar um projeto é bem diferente de ensinar uma matéria. O orientador é um conselheiro, ele te ajuda a direcionar seu trabalho, a encontrar erros e a te estimular na busca por novas respostas. Não adianta querer que ele resolva os problemas do seu trabalho, esse não é o papel dele. Mas ele pode te ajudar a pensar em novas soluções. Lembre-se de que sua pesquisa trata de um tema novo, uma abordagem diferente que ainda não existe. Nem sempre há respostas prontas para as perguntas que surgem.

2. Torne-o parte da equipe

Esclareça tudo com seu orientador. Peça a opinião dele. Integre-o ao projeto. Só assim ele poderá te ajudar a se desenvolver melhor. Da mesma forma como um projeto de pesquisa pode ser uma oportunidade de você conhecer uma área e verificar se é isso o que você deseja fazer profissionalmente, aproveite e comece a desenvolver relações profissionais. Assuma responsabilidades sobre seu trabalho, peça orientação ao seu professor e discuta com ele o que você pretende fazer. Clareza e transparência fazem muita diferença na relação aluno-orientador, além de deixar o desenvolvimento mais dinâmico.

3. Lave a roupa suja

Se algo aconteceu e você não gostou, marque uma conversa com seu orientador e explique para ele como você se sente em relação a isso. Muitas vezes ele vai apresentar um ponto de vista que você não tinha percebido sobre o assunto e vocês poderão esclarecer as coisas. Não adianta guardar mágoa. Converse e passe a limpo. Isso pode evitar muitos problemas futuros.

4. Respeito

Assim como você, seu orientador poderia estar fazendo coisas mais divertidas ao invés de corrigir seu relatório ou revisar seu banner. Entenda que ele também está abrindo mão de certas coisas, pois ele acredita no seu potencial. Leve isso em consideração. Seu orientador acredita tanto em você e no seu trabalho que está ao seu lado para somar forças. Vocês fazem parte da mesma equipe de trabalho e ele também merece ser reconhecido.

5. Cuidado com os prazos

Pode parecer besteira, mas ser organizado em relação aos prazos torna tudo mais fácil. Assim como você precisou se programar para realizar as atividades do seu projeto, é importante se preparar para evitar e-mails de última hora pedindo para seu orientador revisar seu projeto com urgência. Assim como você, professores orientadores tem outras ocupações além da pesquisa, e nem sempre podem responder instantaneamente. Sabemos que imprevistos acontecem, mas tente se planejar e pedir as coisas com antecedência para que seu orientador possa se programar, assim como você.
Esperamos que essas dicas simples te ajudem a melhorar sua relação com seu orientador, e que juntos consigam desenvolver o projeto com mais harmonia e companheirismo!

CRÉDITOS: ABRIC

terça-feira, 2 de junho de 2015

Obra “Terra de Revolta” será lançada na Feira do Livro

No dia 06 de junho, a historiadora Ana Renata L. Pantoja, professora do IFPA Campus Abaetetuba, publica seu segundo livro “Terra de Revolta” na Feira do Livro, Stand da Imprensa Oficial do Estado, às 19hs.

A publicação é lançada nos 180 anos de comemoração da Cabanagem, com uma análise teórica-metodológica no campo da Antropologia Histórica.
A obra dialoga, sob a luz das duas ciências em fronteira, sobre o movimento que sacudiu o Grão Pará e o Brasil no século XIX e reverbera de diferentes formas até os dias de hoje, especialmente entre as populações do Campo e suas lutas por terras e direitos.
O livro traz novas visões sobre as lutas cabanas no Baixo Amazonas e na Amazônia, a partir de denso trabalho em arquivos escritos do poder judiciário que cercam vários séculos, inclusive o XIX, até então desconhecidos dos pesquisadores ou cientistas sociais.
A pesquisa da documentação do Fórum da Comarca de Santarém traz o cotidiano das lutas e até falas e planos dos “rebeldes” nas campanhas por uma vida melhor, por terras e por justiça social. O estudo apresenta a Cabanagem de uma etnografia construída a partir de trabalho de campo em uma comunidade rural de nome Cuipiranga, localizada 3 á 4 horas de Santarém.
O Cuipiranga se constituiu como o Quartel general dos cabanos do Baixo Amazonas, lugar de planejamento, lugar de estratégias de luta, de rituais de morte de portugueses, mas também de recomposição das forças. Assim, por meio das memórias dos moradores locais somadas aos vestígios materiais, é apresentado um trabalho científico que associa passado e presente do movimento da Cabanagem no Pará.
Toda a comunidade do Campus é convidada a participar do Lançamento da Obra e conferir a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro, que nesse ano, homenageia o Japão e o escritor Ariano Suassuna. A Feira conta com quase 100 mil títulos e ainda uma extensa programação, que inclui musicais, seminários, mostras de cinema, exposições, palestras e encontros literários. Segue até o próximo domingo 07/06. Participe!
Serviço:
Stand da Imprensa Oficial do Estado
Data do Lançamento: 05 de junho.
Hora: 19h

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Lançamento do livro Terra de Revolta


Esse segundo livro tem, emocionalmente falando,  algo especial pra mim.

Sinto-me honrada pelo convite de publicacao, na íntegra, de minha tese de doutorado defendida em 2010.

Trata-se de uma pesquisa de cunho histórico-antropológico da luta pela terra na Amazônia em tempos de Cabanagem que articula documentos de arquivos com narrativas orais e memórias de uma comunidade rural,  Cuipiranga- Santarém,  que,  misturando suas tradições afroindigenas,  continua sonhando como seus antepassados,  por uma vida melhor e por mais justiça s
ocial.

sábado, 23 de maio de 2015

Mais uma vez o Pará recebe Premio Jovem Cientista


O estudante Moises Lopes Rodrigues, 20 anos, da Escola Estadual de Ensino Médio Rui Barbosa, em Tucuruí, foi o 2º colocado na XXVIII edição do Prêmio Jovem Cientista, na categoria Estudante do Ensino Médio. O anúncio aconteceu ontem, em Brasília, na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Este ano o prêmio abordou o tema "Segurança Alimentar e Nutricional" e o estudante paraense se destacou por desenvolver um adubo a partir do resíduo de peixe, que se revelou uma alternativa de baixo custo, fácil acesso e produção para o agricultor familiar, capaz de reduzir o uso de fertilizantes químicos e o impacto da atividade pesqueira sobre o meio ambiente.
O problema do descarte das carcaças dos peixes não foi só o que motivou Moises. A escassez de solos ricos em propriedades naturais na região de Tucuruí, contribui para aumentar a utilização de fertilizantes químicos, o que também preocupa o estudante. Para resolver os dois problemas, ele apostou no adubo produzido a partir das sobras dos peixes. "Primeiro pegamos os peixes e deixamos secando ao ar livre por cinco dias. Para desidratar ainda mais, assamos as carcaças com galhos secos de árvores. Por fim, trituramos a mistura, que dá origem ao adubo", explica o estudante, que teve a orientação do professor Paulo Sérgio Melo das Chagas.
Com o adubo pronto, Moises partiu para os testes práticos. Foram escolhidos o coentro e a alface, que foram plantados em quatro leiras. Das duas leiras de coentro, apenas uma recebeu o adubo de peixe; a outra foi fertilizada com esterco de curral curtido. O mesmo foi feito com a alface. "Observamos que, após 20 dias, as plantas que receberam o novo adubo cresceram muito mais do que as que não receberam. Considerando que o consumidor prefere verduras maiores, o poder de venda pode ser ampliado, ajudando o agricultor familiar", conta.
Além do tamanho das plantas, foi constatado que elas cresceram em menos tempo. Enquanto o coentro e a alface que foram adubadas com a carcaça estavam prontos para a colheita 28 dias após a semeadura, o grupo que recebeu o fertilizante de esterco de curral curtido demorou entre 36 e 37 dias para poder ser colhido. Para o pequeno agricultor, este resultado garante uma maior rotação de culturas, além de elevar a lucratividade. Morador de uma comunidade ribeirinha de Tucuruí, Moises já tinha vontade de aproveitar as carcaças dos peixes para evitar que fossem para o lixo, porém não sabia como começar.
"Há dois eu sonhava em participar desse prêmio, mas eu não tinha conhecimento para elaborar algo assim. No entanto, com a orientação do meu professor, eu consegui.  E claro, que eu sonhava com o prêmio, mas era um sonho muito distante. Então, foi totalmente inesperada essa notícia. Eu acredito que o Prêmio Jovem Cientista vai mudar extraordinariamente a minha vida e de toda a nossa equipe que trabalhou nesse projeto. Estou vivendo coisas que eu jamais achei que pudesse viver", comemora Moisés, que tem mais um sonho a ser realizado: ver seu projeto ser colocado em prática.
"A gente precisa de equipamentos, que não são tão caros, mas que também não são tão baratos de modo que a população daqui possa desenvolvê-lo. Nosso objetivo é esse, colocar em prática esse projeto. Nós já temos uma parceria com a secretaria de Meio Ambiente daqui da cidade de Tucuruí, mas precisamos de mais ajuda para comercializar esse nosso adubo", completa.
Além de receber das mãos da presidente Dilma Rousseff o prêmio Jovem Cientista, em solenidade prevista para o mês de junho no Palácio do Planalto, o aluno paraense também será contemplado com um laptop. No geral, o prêmio recebeu 1920 inscrições na edição deste ano, entre as categorias mestre e doutor, estudante de ensino superior e estudantes de ensino médio. No rol dos premiados, além de Moisés, também constam estudantes e instituições de ensino do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Entre os trabalhos vencedores estão um produto que permite ao consumidor identificar fraudes no leite; um modelo inovador de agricultura urbana, que oferece um sistema sustentável de produção e aproxima os consumidores dos produtores; um estudo sobre a castanha-do-brasil como fonte de suplementação de selênio para idosos, que se revela importante aliado na prevenção do Mal de Alzheimer. "É um prêmio importante, porque ele forma a consciência no Brasil de que existem referências, pessoas que são referências, crianças que são referências e crianças que são referências", disse o Presidente do CNPQ, Hernan Chaimovich.
O material didático gratuito e online (www.jovemcientista.cnqp.br) ficará disponível até o fim do ano e pode ser utilizado por todos os que queiram trabalhar o assunto na escola, família ou comunidade. A cada edição do Prêmio Jovem Cientista é indicado um tema importante para o desenvolvimento científico e tecnológico, que atenda às políticas públicas e tenha relevância para a sociedade brasileira. O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, e conta com patrocínio da Gerdau e da BG Brasil.
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